Eu e minhas reflexões.
Estava andando como num dia qualquer, passando pela banca de livros que sempre passo todos os dias. Por curiosidade (e também porque o vendedor me cumprimentou de longe), resolvi parar para conversar com ele. Tal foi minha surpresa que já tinham se passado mais de 30 minutos e eu ainda estava envolto naquele diálogo.
Vendedores de livros são realmente pessoas intrigantes. Possuem um conhecimento amplo e diversificado. Tamanha foi a alegria e surpresa de conseguir conversar qualquer coisa com esse vendedor, ele parecia saber de tudo um pouco e articulava tudo isso de modo a me envolver naquela conversa. O tempo foi passando e os temas mudando de uma hora a outra. Saí de lá com uma sensação estranha, um misto de gratidão por ter tido aquela conversa com um misto de surpresa. O pré conceito e a rotina nos fazem passar batido por muitas coisas, não que elas sejam de fato ruins, são importantes para nossa sobrevivência, mas experimentar o novo foi de mesmo modo interessante a mim. E num dia como o outro, uma conversa simplesmente me tirou do meu mundinho, para me colocar em outro por algum tempo.
Um comentário:
Um dia minha mãe foi conversar com um cara que estava no hospital, meio que esperando a gente poder entrar no quarto da minha avó, que mora no interior de São Paulo. O senhor tinha ares interioranos, como é bem típico da cidade, jeito de trabalhador pobre e olhos de sabedoria. Nunca vi uma narração ao vivo melhor contada, com figuras de linguagem e daqueles tipos de textos que tem uma moral no final, que é como se tivesse passando experiências de vida. Essa sensação de tanger o desconhecido de um outro tão rico de espírito é realmente gratificante!
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