quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Hiroshi Fukue

Um nome qualquer entre outros milhares. Porém um nome que muito significa. Finalmente tomei coragem para lhe escrever meu avô.

Não conheci pessoa mais honrosa que o senhor, possui valores sólidos, me ensinou sobre cidadania, bons costumes através de uma bondade que era invejável. Um homem culto, que me ensinava história, geografia. Lembra-se de quando eu ainda estava na terceira série e tinha que fazer uma pesquisa? Eu sempre ligava para o Ditian pedindo ajuda que o senhor nunca me negava, até me incentivava. Nunca me esqueço dos conselhos que pareciam um saco antigamente, mas que agora entendo o valor. Nunca me esqueço o: Estude muito Luquinhas.

Tenho muitas recordações do senhor, que guardarei certamente, mas a que está mais viva em meu coração certamente foi aquela do dia em que a Batian ficou internada com pneumonia. Lembro que quando cheguei, os olhos do Ditian estavam vermelhos, Ditian parecia meio abatido. Ouvi você dizendo que nem tinha almoçado e já passava das 19h. E naquele instante eu senti um orgulho imenso: Depois de tantos anos ao lado de minha batian, o senhor ainda se preocupava com ela e a amava de modo admirável, estava lá, cuidando dela acima de tudo, passou a noite ali e passaria mais se preciso. Algo que admirei muito no senhor Ditian, o senhor era destemido.

Não se preocupe, estamos bem aqui, estamos cuidando da Batian e o senhor nunca morrerá em nossos corações. Meus filhos saberão quem o senhor foi, o homem honrado que foi e irei ensina-los dignidade como o senhor me ensinou, lembra-se do Caio e do troco? Você o ensinou a ser honesto. Eu ainda me lembro e certamente, me orgulhei como em muitas outras vezes.

Estou ainda com seu livro sobre o Japão, irei lê-lo, saber um pouco das minhas origens e honra-las, como honrarei meus ancestrais.

Do seu netinho: Luquinhas.

Ps: Vou estudar, me formar, trabalhar e deixar o senhor orgulhoso, não jogarei seus conselhos fora meu Ditian. Descanse em paz.

Sobre o amor

Muitas vezes me pego pensando sobre como é amar. Me pego pensando em como é namorar. Minha liberdade é menor, isso é verdade, mas sempre paro para pensar: O que seria de mim sem a minha Nekinha?

Eu não sou um cara que preza muitas coisas, sou um cara que preza pequenos detalhes que apenas os meus olhos vêem. Juro para vocês, não há coisa que me faz sorrir mais do que o sorriso que ela me mostra quando eu a abraço forte, ou coisa que me faça sentir mais importante quando ela vem se esconder em meus braços. Não tem coisa que me incomoda mais do que sentir saudades dela e me pegar pensando nela cada vez que vejo um casal, cada vez que vejo algo que me remete a ela. Como fico feliz quando ela diz: Eu te amo! Ou quando simplesmente adormecemos no sofá e acordamos preocupados, porque o dia passou rápido. Não há lugar mais seguro que os braços dela e não há cama melhor que o colo dela.

Aprendi que o amor se compartilha, aprendi que não entendo quando meus amigos me dizem que é ruim namorar, que preferem ficar com tantas. Realmente não entendo como se abre mão de tantas coisas, tantos sentimentos que se tem com uma só pessoa. Não tenho medo de contar qualquer coisa a ela, não tenho medo de mostrar quem sou, meu único medo é perde-la.

Simplesmente não entendo como viveria sim meus pequenos detalhes, que vejo nela e que me enchem de felicidade.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cemitério das Poesias

Expresso aqui, a minha tristeza em relação a todas minhas companheiras. Companheiras que estiveram comigo no amor, na tristeza, na risada, na dor, na perda, na conquista, mas que por algum motivo, algum antagonista me fez perder a coragem de dar a luz a elas.

Rasgadas, jogadas fora, deixadas em algum canto e esquecidas, peço que perdoem a fraqueza desse ser. Venho então, expressar minhas mais sinceras desculpas. Devo ao mínimo, minha gratidão por me fazerem entender meus sentimentos no momentos, por deixarem eu canalizar a raiva que não passava, por deixar ali a saudade que quis deixar de ter, o amor que senti e depois me arrependi, a dor que se transformou em um doce abraço, entre tantas outras coisas.

E o que parece coisa de louco para os outros, para mim é algo justo, além de justo nobre para que todos saibam que um dia vocês existiram. Seu conteúdo? Olhe para mim, sou o espelho do conteúdo que elas um dia tiveram...

Adeus e obrigado.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Rima

A rima é boba,
É cheia de mimo,
Tem apenas ritmo,
E sempre rouba,
Toda a beldade,
Do poema.
Faz isso na ingenuidade,
Mas não se torna tema,
Isso a entristece,
E atentendo sua prece,
Torno-a conteúdo,
P/ ela ser vista pelo mundo...

Sentido

Quero te dar sentido,
Explicação para o que,
Por nós foi vivido.
Procuro sempre o por que,
Eu estava lá naquela hora,
E como o destino nos ajuda,
Como ele muda,
A rotina de outrora.
Você tirou meu chão,
Destruiu minha tranquilidade,
Acordou o coração,
O encheu de saudades,
E agora me deixou,
Tudo, acabou.

Sonhos

Sonho, sonho bom,
Sonho com,
Sonho sem sentido,
Sonho tido?
Sonhos diversos,
Sonho em versos,
Sonho do coração,
Sonho como oração,
Sonho com peão,
Sonho de campeão.
Sonho surreal,
Sonho real,
Sonho, sonho,
Sonho, sono.

domingo, 9 de outubro de 2011

Ser criança

Meu presente para todas as crianças, adolescentes, adultos, idosos, pessoas que esqueceram de crescer, pessoas que estão na Neverland, para todos que um dia já foram crianças...



Ser criança é acreditar em todos,
Confiar, sem questionar.
É correr atrás do objeto redondo,
É não ter limites para o imaginar.
Encarar uma derrota como uma derrota,
Brigar sem se revoltar,
Correr como se não houvesse amanhã,
Se machucar e correr para a manhê.
Ser criança é desfrutar da ingenuidade,
Esquecer o mundo repleto de maldade.
Viver cada dia, feliz,
Sem se importar com as coisas reles.
É rir, brincar, cair, machucar,
Chorar, passar, se levantar.
É ganhar o beijinho que sara,
Lambuzar de brigadeiro a cara.
São tantas lembranças boas,
Uma enorme nostalgia,
E tudo isso me soa,
Como um pedido da alegria,
Para que eu não pare de imaginar,
Muito menos de sonhar,
Porque como criança,
Não há o que não se pode alcançar...


Feliz dia das crianças a todos!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A garota com a caixa

Vendo a doce garotinha,
Encanta o sorriso que tinha.
Nas mãos a caixa de Pandora,
Ou a caixa de alegrias?
Se pergunto, ela cora,
Se tomo, ela chora.
Então corre p/ velha casa,
E das outras crianças se esconde,
E lá é onde,
O anjo abre suas asas.
Símbolo do seu amor,
Escolhe novamente pecar,
Sente seu coração bombardear,
Com a memória do sabor.
Sabem que o sonho acaba,
E não se abre outra aba,
A pagina se vira,
Mas o mundo gira,
Eles sabem que gira...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Poema um tanto melancólico (mesmo eu estando feliz hoje, acreditem).

O solitário vê o mundo,
Num escuro profundo,
Senso torto de realidade,
Isenta de sobriedade.
Luz, parece fora do vocabulário,
Porém acredita na esperança.
Mas nesse frio cenário,
Até o bravo anjo cansa,
De esperar pelo salvador,
Que o libertará da dor.
Recorre ao mais fácil meio?
Desiste dessa vaga existência?
Por fim, ele veio,
Depois de tamanha insistência,
Rasgando o céu escuro,
Para me salvar de mim mesmo,
Desse louco realismo,
Onde tudo é frio e duro.
Mas o furo já está no peito,
E o que foi feito,
Foi feito...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Anjo e a Baleia

O anjo sem nada em mente,
Sentado, viu a baleia alada,
Nesse momento sentiu abalada,
A sua imagem onipotente.
Um ser maior voava,
Olhou p/ as asas pequenas e alvas,
Que levavam corpo tão grande,
Não viu, seu sonho, distante.
Sorriu, com um fio de esperança,
Então gritou.
Envolveu-se numa alegre dança,
Tentando agradecer quem salvou,
O seu ser da ignorância,
De que tinha tudo em mãos,
Ignorando completamente a ânsia,
Do seu puro coração,
Em sofrer, crer, ver, ter,
De se envolver, enfim, de viver...
Fiz e me escondi,
Num mar de risos covardes,
Traí sua lealdade,
E nem a menos, me arrependi.
Sou eu, diferente deles?
Fui covarde em me abaixar,
Tomei inúmeros goles,
De irresponsabilidade, sem achar,
Que isso me levaria a ruína,
Querendo ser invisível,
Para não baixar o nível,
Da travessura que me destina,
A lembra-la.
E me arrepender,
De ter saído do lado dela,
Mesmo podendo escolher...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cortaram-me as asas,
Já não sei mais voar,
Imagine acreditar.
Destroçou-se como uma taça,
A rebeldia da alma,
Que não vê mais graça,
Em não manter a calma,
Também já não possui raça,
Para protestos.
E não coloca mais sentimento,
Nesses odiados versos,
Que desprezam o talento,
E só procuram a ingenuidade,
Da pura sinceridade.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

As trevas consomem a terra,
Trazendo junto seus ceifadores,
Distribuindo o golpe que não erra,
Destruindo os arredores!
É um conto macabro,
Que pede-se para se acordar,
Não é algo que relembro,
Porque não consigo levantar,
E cá fico esperando a morte,
Com a certeza que faltou-me sorte...


By: Fake Angel / Neko
Hoje tive uma fantasia,
Que eu rejeito.
Uma forte heresia,
Mas que não saí do peito.
Isso me deixa uma falta,
Mas será como um crime,
Uma ideia que se descarta,
Mesmo que rime.
Me pergunto se corro o risco,
Se ponho na linha minha vida,
Você acha a ideia divertida,
O meu juízo pede confisco...
Por fim me rendo,
Decido apostar nessa emoção,
Mesmo meramente sendo,
Uma completa alucinação.


By: Fake Angel / Neko
Cai em mim a fina garoa,
Não sei porque meu pensamento culmina,
Sempre na imagem daquela menina.
Meu coração sempre ressoa,
Quando penso em ultrapassar a linha,
Perigosa, de senti-la nua e crua,
Mas não acho a coragem que tinha,
E parece tão longe quanto a lua!
Relembro toda vez que vejo seu sorriso,
Imagino o seu calor,
E perco meu juízo!
Consigo dar-lhe apenas meu louvor.
Esse pavor sempre se insta-la,
Em meu coração e vejo,
Que a solução é nega-la,
Mas você é meu desejo,
Meu desejo...
Desejo...


By: Fake Angel / Neko
O poeta morreu,
E não houve funeral,
Muito menos um festival,
Nem o dia cedeu,
Não houve recesso,
Morreu sem ninguém perceber.
Mas quem ele deixou de entreter?
Aqueles que sofriam em excesso?
Sei apenas que se gravou,
Para aqueles que fez sentido,
Aquele que o usou,
Para entender o próprio coração.
Que nos deixou munido,
De um pouco de humanização.
O poeta morreu,
E não houve funeral...


By: Fake Angel / Neko

sábado, 30 de julho de 2011

É nesse campo sangrento,
Que a lenda tem início.
Onde parece eterno cada momento,
Onde choram-se os sacrifícios.
Voam destroços de escudos,
Chamas de gigantes dragões,
Luta-se pela vida, luta-se por tudo,
Enfrenta-se milhões,
Tudo no intuito de continuar em pé,
Preservar o que se protege,
No mais duro teste de fé.

-

E não sei quem rege,
Esse interminável pesadelo,
Não quero ser o modelo,
Apenas quero presenciar o final,
Sem ter meu julgamento terminal,
Quero, somente, voltar ao meu lar,
Por isso continuo a matar,
Nesse ciclo vicioso,
Que insiste em continuar...


By: Fake Angel
Repentinamente eu noto,
Um cenário que daria uma foto,
Mas não seria o que meu coração sente,
Muito menos o que está em minha mente,
Fico então com a saudade,
Dessa incrível sensação,
De ver tamanha beldade,
E guarda-la no coração...


By: Fake Angel / Neko
Eu vejo uma imagem,
No deserto há uma flor,
Não sei se é uma miragem,
Porque não vejo sua cor,
Mas me alegro com a figura,
Porque ela parece a cura,
Da minha cegueira.
Porém mesmo que eu queira,
Será a única coisa que irei ver.
Farei disso o meu céu,
Para não crer,
Que fui sim, o réu.


By: Fake Angel

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Fui eu quem construiu esse castelo,
Montando-o de grão em grão,
Tudo parece tão em vão,
Frente a aqueles martelos,
De todos aqueles descrentes,
Em minha absoluta soberania.
Eles ardem em agonia,
Não me culpem pelo meu sucesso,
Vivam os seus desafios!
Não me importa com que processo,
Sempre há um desvio.


Esse meu excesso de despreocupação,
Me deixou nessa profunda solidão.
E não há em quem depositar meus votos,
Nesse castelo de mortos...

By: Fake Angel / Neko
Eu sou o cavaleiro errante,
Que anda na sombra do passado,
Tentando apagar seus pecados.
Que essa vontade me levante!
Me deixe empunhar minha espada sem culpa,
Torça para que minhas crenças,
Não sofram uma usurpa,
E assim eu vença,
Esse eterno tormento,
Desses infelizes pensamentos.


By: Fake Angel / Neko
Sempre achei que fosse infinito,
Esse mundo de ternura,
Mas uma simples ruptura,
Me mostra algo distinto,
Depois do fim.
Ali há um abismo,
Semeado pelo cinismo,
E tudo roda assim.
Não vejo um final,
Não me importa a intensidade,
Por favor, felicidade,
Me dê um sinal...


By: Fake Angel / Neko
Lá na frente há um caminho,
Que eu devo seguir?
Se eu for sozinho,
Eu vou querer fugir?
Vou de olhos fechados,
Mas você me acompanha,
Só não estranha,
Se eu ficar intrigado.
Carregue esse fardo,
De ter minha vida em mãos,
Pronto. Toma aqui, meu coração.


By: Fake Angel / Neko
Pegue uma forma
Brinque com sua lei
Destrua suas normas,
Finja ser rei.
Depois tente não acordar,
Para não perder a magia,
Continuar na folia,
Que é a de mandar.
Não acorde nessa realidade,
Onde não há ganho,
E seu sonho,
Ficará na saudade.


By: Fake Angel / Neko

Projeto

Olá leitores (se vocês ainda existem xD).

Estou com um projeto de escrever todo dia no blog (vamos ver quanto tempo vai durar), mas enquanto eu tiver pique, assim vai, já que quero voltar ao meu hábito de escrever todos os dias pelo menos uma poesia.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Eu já fui
Aquele que fazia poesias,
Aquele que possui
Sonhos e fantasias.
Hoje eu sou
Aquele que não quis
E estou onde estou
Pelo que não fiz,
E vou...
Por que não terminou,
Minha vontade idiota
De ser quem quero ser
E nesse egoísmo hipócrita
É que quero crer.


By: Fake Angel / Neko

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pequena Nota

Muitas vezes paro e penso nas pessoas que passaram pela minha vida. Umas continuam ativas nela, outras se foram sem deixar rastros. O fato é que cada rosto, cada olhar, cada vez me traz uma recordação nostálgica.

A minha mente então, tenta reviver cada sensação gostosa que vivi ao lado dessas pessoas, muitas vezes voltam-se algumas más lembranças. E me pergunto... Porque penso tanto no passado se vivo o futuro? Culpo-me muitas vezes de não ter feito tantas coisas no passado, culpo-me por ter errado ali, não ter errado lá, ter feito aquilo, não ter feito aquilo.

O fato é, que não revivo o passado, relembro minha maturidade. É como estudar, relembro meus erros para não mais comete-los, aceito os erros para que eu possa continuar em frente. Tenho visto que estou amadurecendo. É estranho, olhar para trás e ver as coisas fúteis com que eu me preocupava. Mas quem me garante que daqui a 10 anos, as preocupações que tenho hoje também não serão fúteis?

Muitas vezes paro em conversas internas dessa forma, mas esse texto não foi feito para que eu discutisse comigo mesmo, mas sim para agradecer todos aqueles que um dia estiveram em minha vida, que me permitiram errar mesmo que os machucasse, que me permitiam acertar, que foram (ou ainda são) importantes a mim. Agradeço-os por permitirem chegar até aqui. Sei também, que sempre quis tê-los comigo, mas isso não passa de um egoismo, um capricho. Preciso aprender a aceitar que vocês possuem suas vidas e não vivem por mim. Por isso, agradeço-os desde já...