quinta-feira, 2 de maio de 2013

Ode do Herói


Sopram os ventos uivantes,
Balançando as montanhas pontiagudas,
Com neve, olhos adiante,
Junto à agonia profunda.

Mas avança o cavaleiro,
Mesmo dentro do ferro congelado,
Ainda é quente o coração guerreiro.

A vontade de ser uma ode,
Segura sua espada com firmeza,
Apagando da alma a tristeza,
Antes que o medo acorde.

Parece uma tarefa heroica,
Impossível resistir assim,
E aquela voz ecoica,
Repetindo que se aproxima o fim.

Nos céus abre-se uma fenda,
E uma luz o ilumina,
Uma benção então determina,
O nascimento de uma lenda...

domingo, 6 de janeiro de 2013

How big is your dream?





Quão grande é o seu sonho?

  Pergunta relativa e difícil. Não sei se é algo que se pode medir e digo por quê.
  Para uma criança, um elefante é um animal grande e não diferentemente é o seu sonho de ganhar um, não posso dizer que isso é menor que o sonho das pessoas que querem uma mansão ou conquistarem um país.
  Os meus são imensuráveis, não só os sonhos que não acabam e toda noite vem me lembrar de que preciso sonhar, assim como a imaginação que não para em um só instante.
  Mas de uns tempos para cá resolvi ignorar todos esses "chamados", resolvi esquecer de sonhar. E agora, esse é o texto que demonstra essa falta assim como um pequeno conselho: Não deixe de sonhar.
  Sonhe grande, sonhe pequeno, sonhe a direita ou a esquerda, mas sonhe. Porque são também os sonhos que nos motivam a procurar as coisas, são também os sonhos que nos mantém vivos mesmo num porto seguro que não existe...

sábado, 22 de dezembro de 2012

The angel behind the shadows


  Alice tinha razão, existe sempre um anjo por de trás de um anjo.
  Foi o que me fez pensar muito esses dias e isso é sim uma reflexão. Estou aos poucos abandonando o meu post de "anjo", sim, aos poucos vou me distanciando, por razões pessoais, de ser tão disponível as pessoas. Há vários motivos para essa escolha, mas uma delas é o fato de eu descobrir que eu não posso carregar todos os fardos sozinho, por trás de um anjo é necessário um anjo, que cuide desse, que o suporte. E assim concordo, chegou um momento em que eu preciso descansar, tomar meu tempo e quem sabe, procurar alguém.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Caos

  Assim está minha mente e coração: um caos. E parece que eu procuro esse estado caótico, eu busco entrar nesse estado errando errando e errando. Porque parece que tudo isso agita o meu ser, faz minha mente trabalhar, sair da rotina e explodir de idéias. Mas eu sou um mal administrador, não sei organizar essas idéias que me atingem de um modo mais intenso do que eu mesmo podia imaginar e quando vejo, estou desolado.
  Por um momento eu quero estar só, por um momento eu quero encontrar uma válvula de escape, quero tentar algo para aliviar essa inquietação causada por tantos pensamentos, expectativas, idéias e esperanças. Mas nada do que faço parece aliviar e sou tomado por esse sentimento.
  Escrevo de modo compulsório, sem qualidade, sem técnica, somente com os sentimentos que nem sei quais são, mas que sinto. E torna-se o texto sem nexo, sem sentido, sem o próprio sentimento e desagrada o leitor e a mim.
  Então por que procuro esse caos? Por que por tanto quero me apaixonar? Espero descobrir, antes de enlouquecer ou ter tantas idéias que não irei aguentar. E minha arte é também a minha compulsão...

sábado, 24 de novembro de 2012

De pai pra filho


  Hoje eu fui jogar bola como em alguns dias. Nada de mais, nada de diferente, tirando o fato de eu lembrar do meu pai enquanto eu jogava.
  Lembro de quando era pequeno tê-lo visto jogar poucas vezes, acompanhado poucos jogos. Mas enquanto eu estava ali de lado assistindo era sempre comum eu ouvir pessoas me dizendo: seu pai jogava bem, era um grande zagueiro e tinha um chute forte como ninguém.
  O tempo passa e hoje ainda me vejo como aquele menino vendo o seu pai jogar futebol, o tempo nos afeta de modos diversos, é verdade que ele já não aguenta tanto quanto a anos atrás, mas eu ainda o vejo como aquele jogador que poucas vezes vi jogando.
  Tudo isso para eu dizer que não acompanhei os passos do meu pai nesse sentido, não sou um jogador tão bom, mas me divirto jogando futebol também, mas acima de tudo o que me ficou foram as saudades do meu velho e de vê-lo jogar.
  Uma pequena homenagem do único jeito que sei faze-la pai, acho que nunca te contei sobre esse blog e os outros que tenho, mas aqui está o que gosto também de fazer, além do futebol, além da psicologia e além do computador.
  Obrigado pela música do metallica.

  Do seu filho,
  Lucas.

sábado, 17 de novembro de 2012

Petit Prince


  Acabo de reler "O Pequeno Príncipe" e é válido ser impossível não terminar o livro com lágrimas nos olhos.
  Foi esse livro que deu inspiração ao nome do blog, que como toda gente grande, parece soar estranho. Mas para quem cativou a idéia desse blog, desses contos e dessas palavras, é de sumo significado.
  Deparo-me também com o grande autor que Antoine De Saint-Exupéry é, a sensibilidade da qual ele descreve os nossos mais profundos sentimentos, junto a ingenuidade pura de uma criança, uma combinação perfeita que apenas alguém tão sensível e tão criança consegue produzir. E por tanto tempo, eu mesmo me considerei criança brincando com as palavras, mas é preciso também amadurecer para voltar atrás, como o próprio Pequeno príncipe disse "Não encontra nada quem só andas para frente".
  Assim parece a minha jornada, sempre visando o meu lado mais casto, me perco em trabalhos árduos de escrita, em percepções que transcendem a minha lógica impregnada pelo pensamento adulto e para o trabalho não de aprender a escrever, mas justamente para esquecer de tal ato. Porque assim são as coisas mais puras, como nos ensina o livro, as coisas do coração. Não há palavras para lhes descrever, há apenas tentativas duras e trabalhosas para registrar algo que apenas se sente, apenas se vive e apenas se vê, porque assim como o nosso aviador, ninguém mais irá olhar para o céu e ouvir guizos, ninguém mais irá olhar para aquele pedaço de papel e lembrar do som da caneta rabiscando-o enquanto tentava colocar ali o seu amor e ninguém mais se lembrará das lágrimas que tenho ao registrar mais uma beleza, que me toma a alma, que me toma o coração, nesse lugar que é como uma dedicatória e também como um museu.
  Museu dos sentimentos que já vivi, das viagens ao meu ser que já fiz e não se enganem quando sentimentos se abaterem sobre vocês, não, não são os meus. Como Pessoa mesmo já disse: Eu escrevo sobre os meus e vocês sentem os seus. Os meus escritos deixam dicas para o que vocês já viveram e por isso digo: Não se enganem quanto ao que lêem aqui.
  O que lêem aqui é somente meu, voltem-se para o que vocês sentem, voltem-se para vocês mesmo, porque dentro de vocês está a lembrança que daria um texto melhor ou tão melhor que o meu. Eu apenas tento registrar o que sinto para que o mundo de gente grande não me engane, não me pregue peças. Porque a unica peça que quero que me preguem é o daquela lembrança gostosa, nas coisas mais fúteis aos olhos adultos e que me farão sorrir, como um louco frente a uma multidão, mas que será único...único e somente isso.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Pequeno fim

  Há horas em que eu realmente me entristeço quando sou obrigado a "quitar" de coisas. Jogar é algo importante para mim, é algo que me entretém e relaxa a minha cabeça e as coisas iam bem com o CF.

  Mas a má administração me obrigou a abandonar o jogo, o clã, os amigos e a emoção do jogo em equipe. Sim, o jogo em equipe que melhorava pouco a pouco: As horas xingando um ao outro, torcendo, salvando, ganhando e perdendo. Depois de ver o vídeo das finais da WCG me deu uma vontade enorme de jogar, mas com a quantidade de hackers e laggers fica realmente impossível. E olha que foi um FPS que eu realmente me animei a jogar.

  Bom, agora é começar a procurar outro jogo, é começar de novo...
  Dynasty, sempre juntos.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Cobardia


  São as reflexões os mais dolorosos exercícios do ser humano consigo mesmo. As reflexões auto punitivas mais ainda. E estou cá, nesse exercício doloroso num masoquismo incrível...
  E lá estou eu, ouvindo da sua boca que nunca lutei por ti como lutei pelas outras. Por mais hipócrita que possa ser, ainda tendo a acreditar que você é o amor da minha vida. E quanto maior a magnitude do sentimento, maior o meu medo, maior a minha covardia, menor a minha vontade de lutar...Talvez, por tudo eu tenha medo de arriscar, talvez o meu passado ao seu lado me condene e não deixe simplesmente eu tentar de novo, talvez o medo de errar com você pela terceira vez me dilacera...
  São tantas coisas, tantos fatos que me travam e por mais que eu tente acreditar que cresci, você é a prova viva e dura que eu ainda sou uma criança covarde...
  E você é sempre aquela que me desestrutura, aquela da qual não sei criar barreiras, da qual não sei me defender, a que me conhece nos mais crus tons e nos mais profundos desejos, do mais simples gesto ao mais complexo pensamento. É aquela que acima de tudo me entende, coisa que nem eu mesmo consigo. Sua voz consegue me derreter e quando vejo, sou quem sempre fui com você, ainda assim por que eu não consigo lutar? Ainda assim...por que?
  Olhar o meu punho cerrado só me mostra o quão frustante é isso e o quão covarde sou...que por tanto prega, mas simplesmente não consegue lutar por amor...

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Fake Angel


  E quantas foram as vezes que eu quis largar essa minha alcunha? Algumas vezes por não me sentir na função de "anjo", outras por uma questão ideológica de que eu queria ser visto como "humano", outras porque perderá o sentido para mim...
  Mas ele me persegue, a toda hora, a todo momento. É a Soph que me chama assim e me lembra dele, são as pessoas que me chamam de anjo por ajudá-las, são as pessoas que elogiam a minha voz...E novamente eu percebo: Eu gosto de ter essa alcunha...
  Porém, o fardo que carrego é pesado. As vezes não os sustento e desmorono, mas é o prazer da função que me mantêm. É a confiança que as pessoas depositam em mim, as histórias que elas me contam, as lágrimas que derramam em meu ombro e por fim, a felicidade que ganham e o alívio é que me gratificam.

Bem vindo de novo, 
Fake Angel

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Som


  Por um descuido meu, esqueci de carregar o meu Ipod e saí na mesma caminhada de sempre sem meus fones de ouvido. Talvez fosse pelo sentimento de urgência que tinha em escrever, talvez fosse pelo olhar poeta que estava sensível hoje, fosse pelo que fosse, hoje o caminho foi diferente.
  E pela primeira vez vi o contraste entre o canto dos pássaros, escondido em meio aos sons mecânicos do motor dos carros, ouvi pessoas conversando sobre os mais diversos assuntos enquanto desviava dela, percebi olhares, reparei em casais e pela primeira vez, me senti humano naquele caminho. Percebo o quão mecânico é minha rotina e o quanto muitas vezes o meu corpo urge para que eu faça pequenas quebras nela, não me lembrava de certos comércios que existiam por ali e na volta pra casa reparei de novo no local que vendia coxinhas, aumentando ainda mais a minha fome.
  Uma pequena mudança, não só na rotina, não só nas ações, mas também em mim...