Uma pergunta singela com possibilidades infinitas de respostas, seria uma pergunta que adoraria fazer a qualquer um e deliciar-me com as inúmeras respostas. Algumas muito belas, contando casos de amor, outras, trágicas, contando sobre perdas. O que importa é como elas marcam a nossa vida, mais do que isso, como elas nos moldam.
Eu me vejo como um aglomerado de memórias: As boas me relembram que a vida é bela, me relembrar como é "ser humano", como é gostoso ganhar um abraço quando se está frio ou um sorriso quando se precisa; as más me relembram dos erros e me fazem desviar desses caminhos, não as desprezo, afinal elas não tem culpa de serem ruins, pelo contrário, as agradeço por me lembrarem de que sempre posso melhorar e seguir adiante.
Por que estou dizendo tudo isso em um texto que mais parece de auto-ajuda? Simples. É porque a sua memória ainda é forte em mim. Consigo destrinchar cada uma, consigo remontar os cenários, reviver as sensações e por mais delicioso que isso pareça, hoje está me consumindo. Me joga em um conflito entre um eu que sorriu ao seu lado e o eu que a fez chorar. Quem deles sou eu? Onde vou buscar essa resposta?
E por mais aglomerado de memórias que eu esteja, hoje, sinto um grande vazio no peito. Mas é também esse vazio que me mostra que há algo errado em mim mesmo, que há algo a ser preenchido e eu busco essa resposta, enquanto escuto o vento passar por esse buraco, sussurrando palavras de conforto ou simplesmente rangendo, gritos de agonia...
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