sábado, 24 de novembro de 2012

De pai pra filho


  Hoje eu fui jogar bola como em alguns dias. Nada de mais, nada de diferente, tirando o fato de eu lembrar do meu pai enquanto eu jogava.
  Lembro de quando era pequeno tê-lo visto jogar poucas vezes, acompanhado poucos jogos. Mas enquanto eu estava ali de lado assistindo era sempre comum eu ouvir pessoas me dizendo: seu pai jogava bem, era um grande zagueiro e tinha um chute forte como ninguém.
  O tempo passa e hoje ainda me vejo como aquele menino vendo o seu pai jogar futebol, o tempo nos afeta de modos diversos, é verdade que ele já não aguenta tanto quanto a anos atrás, mas eu ainda o vejo como aquele jogador que poucas vezes vi jogando.
  Tudo isso para eu dizer que não acompanhei os passos do meu pai nesse sentido, não sou um jogador tão bom, mas me divirto jogando futebol também, mas acima de tudo o que me ficou foram as saudades do meu velho e de vê-lo jogar.
  Uma pequena homenagem do único jeito que sei faze-la pai, acho que nunca te contei sobre esse blog e os outros que tenho, mas aqui está o que gosto também de fazer, além do futebol, além da psicologia e além do computador.
  Obrigado pela música do metallica.

  Do seu filho,
  Lucas.

sábado, 17 de novembro de 2012

Petit Prince


  Acabo de reler "O Pequeno Príncipe" e é válido ser impossível não terminar o livro com lágrimas nos olhos.
  Foi esse livro que deu inspiração ao nome do blog, que como toda gente grande, parece soar estranho. Mas para quem cativou a idéia desse blog, desses contos e dessas palavras, é de sumo significado.
  Deparo-me também com o grande autor que Antoine De Saint-Exupéry é, a sensibilidade da qual ele descreve os nossos mais profundos sentimentos, junto a ingenuidade pura de uma criança, uma combinação perfeita que apenas alguém tão sensível e tão criança consegue produzir. E por tanto tempo, eu mesmo me considerei criança brincando com as palavras, mas é preciso também amadurecer para voltar atrás, como o próprio Pequeno príncipe disse "Não encontra nada quem só andas para frente".
  Assim parece a minha jornada, sempre visando o meu lado mais casto, me perco em trabalhos árduos de escrita, em percepções que transcendem a minha lógica impregnada pelo pensamento adulto e para o trabalho não de aprender a escrever, mas justamente para esquecer de tal ato. Porque assim são as coisas mais puras, como nos ensina o livro, as coisas do coração. Não há palavras para lhes descrever, há apenas tentativas duras e trabalhosas para registrar algo que apenas se sente, apenas se vive e apenas se vê, porque assim como o nosso aviador, ninguém mais irá olhar para o céu e ouvir guizos, ninguém mais irá olhar para aquele pedaço de papel e lembrar do som da caneta rabiscando-o enquanto tentava colocar ali o seu amor e ninguém mais se lembrará das lágrimas que tenho ao registrar mais uma beleza, que me toma a alma, que me toma o coração, nesse lugar que é como uma dedicatória e também como um museu.
  Museu dos sentimentos que já vivi, das viagens ao meu ser que já fiz e não se enganem quando sentimentos se abaterem sobre vocês, não, não são os meus. Como Pessoa mesmo já disse: Eu escrevo sobre os meus e vocês sentem os seus. Os meus escritos deixam dicas para o que vocês já viveram e por isso digo: Não se enganem quanto ao que lêem aqui.
  O que lêem aqui é somente meu, voltem-se para o que vocês sentem, voltem-se para vocês mesmo, porque dentro de vocês está a lembrança que daria um texto melhor ou tão melhor que o meu. Eu apenas tento registrar o que sinto para que o mundo de gente grande não me engane, não me pregue peças. Porque a unica peça que quero que me preguem é o daquela lembrança gostosa, nas coisas mais fúteis aos olhos adultos e que me farão sorrir, como um louco frente a uma multidão, mas que será único...único e somente isso.