quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A garota com a caixa

Vendo a doce garotinha,
Encanta o sorriso que tinha.
Nas mãos a caixa de Pandora,
Ou a caixa de alegrias?
Se pergunto, ela cora,
Se tomo, ela chora.
Então corre p/ velha casa,
E das outras crianças se esconde,
E lá é onde,
O anjo abre suas asas.
Símbolo do seu amor,
Escolhe novamente pecar,
Sente seu coração bombardear,
Com a memória do sabor.
Sabem que o sonho acaba,
E não se abre outra aba,
A pagina se vira,
Mas o mundo gira,
Eles sabem que gira...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Poema um tanto melancólico (mesmo eu estando feliz hoje, acreditem).

O solitário vê o mundo,
Num escuro profundo,
Senso torto de realidade,
Isenta de sobriedade.
Luz, parece fora do vocabulário,
Porém acredita na esperança.
Mas nesse frio cenário,
Até o bravo anjo cansa,
De esperar pelo salvador,
Que o libertará da dor.
Recorre ao mais fácil meio?
Desiste dessa vaga existência?
Por fim, ele veio,
Depois de tamanha insistência,
Rasgando o céu escuro,
Para me salvar de mim mesmo,
Desse louco realismo,
Onde tudo é frio e duro.
Mas o furo já está no peito,
E o que foi feito,
Foi feito...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Anjo e a Baleia

O anjo sem nada em mente,
Sentado, viu a baleia alada,
Nesse momento sentiu abalada,
A sua imagem onipotente.
Um ser maior voava,
Olhou p/ as asas pequenas e alvas,
Que levavam corpo tão grande,
Não viu, seu sonho, distante.
Sorriu, com um fio de esperança,
Então gritou.
Envolveu-se numa alegre dança,
Tentando agradecer quem salvou,
O seu ser da ignorância,
De que tinha tudo em mãos,
Ignorando completamente a ânsia,
Do seu puro coração,
Em sofrer, crer, ver, ter,
De se envolver, enfim, de viver...
Fiz e me escondi,
Num mar de risos covardes,
Traí sua lealdade,
E nem a menos, me arrependi.
Sou eu, diferente deles?
Fui covarde em me abaixar,
Tomei inúmeros goles,
De irresponsabilidade, sem achar,
Que isso me levaria a ruína,
Querendo ser invisível,
Para não baixar o nível,
Da travessura que me destina,
A lembra-la.
E me arrepender,
De ter saído do lado dela,
Mesmo podendo escolher...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cortaram-me as asas,
Já não sei mais voar,
Imagine acreditar.
Destroçou-se como uma taça,
A rebeldia da alma,
Que não vê mais graça,
Em não manter a calma,
Também já não possui raça,
Para protestos.
E não coloca mais sentimento,
Nesses odiados versos,
Que desprezam o talento,
E só procuram a ingenuidade,
Da pura sinceridade.