quinta-feira, 29 de abril de 2010

"Escrevo uma carta,
E não deixo meu nome
Se você a descarta,
Meu sentimento não some.
Pode me chamar de teimoso,
Pedir para que eu não apareça.
Porém é vontade de moço,
Que não quer que você esqueça,
Então, por favor, ouça,
Daquele que não sabe dizer "amar",
Para a sua moça,
E já está a esperar:
É a lua na rua sua?
É achar o mar no olhar?
É essa tua carta,
Que conta como é meu amar?"

By: Fake Angel / Neko
"Onde estão?
Minhas amarras,
De vontade de cristão?
Estou em liberdade de farra,
Liberdade que não me calça,
Vocês me puxam de volta,
Não quero essa farsa,
Quero uma vida torta,
Melhor que essa morta!
Aqui está a revolução,
Enchem-nos de vaias,
Deixem que saia,
A voz da desaprovação,
Enquanto eu saiu de fininho,
Feliz por ter plantado a dúvida,
Não sei qual é meu caminho.
Nem sei se minha mente está lúcida,
Depois de tanto ter lutado,
Sempre do lado,
Daqueles que querem falar,
Sem precisarem se calar.
Sou a devoção, a revolução, destruição...
A vocação, aprovação, o vão...
Mas não simplesmente e puramente vão..."

By: Fake Angel / Neko
" Nada se move,
Com o grito que eclode,
Porem nada se resolve,
Um esforço à toa,
E volta a escuridão,
Que a esperança apaga,
Sem um mínimo de perdão.
É esse o preço que se paga,
Por simplesmente pecar?
Peço a qualquer um que me perdoe,
Não me deixe chorar.
Quero um carinho que se doe,
Eu posso entrar em jejum,
Que importa,
Se sou só mais um?
E o que me revolta,
É pensar assim
Não andar por meus fins,
Ser dono de mim..."

By: Fake Angel / Neko

segunda-feira, 5 de abril de 2010


"Escrever,
Verbo no infinitivo,
Significa ato de escolher,
Letras para que se forme algo demonstrativo,
E juntas façam algum sentido.
O motor da criatividade,
A fonte da novidade,
Pode-se ser até reconhecido,
Mas é onde busco abrigo,
Das coisas que não sei explicar,
Que também não me querem deixar,
Onde não ligam para o que eu digo,
Lugar que não quero ter juízo,
Que não importa a altura do riso.
Pela definição não faz sentido,
Então não escrevo,
Vivo.
Do modo dos oprimidos,
Onde não se paga com ganhos,
Alimenta-se sonhos. "

By: FAke Angel / Neko

Orquestra


"Os violinos, na frente, riscam,
A harpa ressoa,
As clarinetas assopram,
Tudo regido por uma só pessoa,
Não há sonoridade certa,
Nem sei qual instrumento se sobrepõe,
Mas sei que tanto desperta,
O que um dia me foi,
Dado como perdido,
Algo que um dia eu tinha tido,
Sim, um bom ouvido,
Para ouvir a voz do sentimento,
Que eles colocam em seus instrumentos,
Juntos formam uma lírica,
Que chega a quase ser física,
E que certamente determina,
Tudo isso como uma coisa divina..."

By: Fake Angel / Neko